A Volvo realiza a gestão do seu consumo de energia por meio de ferramentas como o mapeamento de energia e os relatórios ambientais corporativos, além de outras ferramentas do VPS (Volvo Production System) que permitem analisar os processos produtivos em termos de consumo de energia e do volume de emissões de CO2. A partir desse conhecimento, é possível estabelecer e priorizar os projetos com maior consumo e que geram maior volume de emissões, propondo projetos de melhorias.
Curitiba (PR)
Desde 2007, o consumo de energia por unidade produzida na planta de Curitiba foi reduzido em 43%. Esse resultado foi obtido por meio de vários projetos voltados a reduzir o consumo de energia, aumentar a eficiência energética ou aperfeiçoar a matriz energética. Dentre as diversas iniciativas implantadas estão a otimização do sistema de ar comprimido, melhorias nos testes de motores, ajustes no sistema de iluminação, nova tecnologia para o resfriamento de água nas celas de testes de motores, novo sistema para controlar os motores elétricos na usinagem, instalação de inversores nos motores do pré-tratamento de cabines, aproveitamento do calor gerado na usinagem para aquecimento da água nos vestiários, racionalização no transporte de cavacos de usinagem, melhorias no isolamento térmico na metrologia e no sistema de exaustão da área de usinagem, autodesligamento de motores e outros equipamentos, entre outras.
Os desafios envolvendo a economia de energia para os anos de 2013 e 2014 estão focados em reduzir em 50% as perdas em horários ociosos, ou seja, fora de produção, e também em uma redução adicional de energia de 15% por unidade produzida até 2014, com base no desempenho de 2008.
Consumo de energia por unidade produzida (GJ/unidade)
Pederneiras (SP)
Entre os anos de 2010 e 2011, o consumo total de energia aumentou na planta de Pederneiras devido, em grande parte, a ampliações demandadas para o início da produção das escavadeiras hidráulicas. Entretanto, em 2012, apesar de novos produtos continuarem a ser incorporados ao portfólio, já pode ser registrada uma queda nesse consumo, originada pela terceirização de algumas atividades de corte e conformação e, principalmente, por uma série de projetos voltados à busca de maior eficiência energética.
Lançado em 2012, o programa com iniciativas voltadas à eficiência energética (ESI – Energy Saving Initiatives) contou com o envolvimento dos funcionários da planta, que foram estimulados a contribuir com ideias. O projeto vencedor envolveu a instalação de um temporizador nas máquinas de solda, possibilitando que o equipamento desligue automaticamente após 5 minutos sem uso (arco aberto). A redução esperada com esse projeto é de 2% no consumo total de energia elétrica da empresa em um ano.
O Programa de Eficiência Energética contou com sete grupos de trabalho, que implantaram diversas soluções: iluminação (substituição de lâmpadas, uso de iluminação natural); empilhadeiras (otimização da rota desses equipamentos para diminuir o consumo de GLP); pintura (iniciativas voltadas à eliminação do uso do querosene no processo e melhor gestão do consumo de GLP); solda (foco na otimização do projeto de jateamento automático e estudo para inclusão de máquinas de solda inversoras); ar comprimido (redução do diâmetro das mangueiras da rede de ar no processo de lavação e secagem de peças e estudos voltados à substituição de compressores); usinagem (adaptação de um temporizador nos transportadores de cavacos das Wotans) e comunicação (divulgando os resultados alcançados e estimulando o envolvimento de todo a equipe).
Consumo de energia por unidade produzida
Fonte de energia
Ano
Consu-
mo total (GJ)
Produção - (pá carregadeira, caminhão articulado, motoniveladoras, minicarregadeiras , escavadeiras, compactador de solo, eixos, cabines e chassis exportação) (*)
Consumo por unidade produzida (GJ/unidade)
2010
26.734
10.961
2,4
Elétrica
2011
30.303
10.964
2,8
2012
27.032
10.154
2,7
2010
9.702
3.705
2,6
GLP
2011
10.269
4.584
2,2
2012
9.345
4.120
2,3
2010
458
3.410
0,13
Querosene
2011
455
3.354
0,14
2012
352
2.859
0,12
(*) Unidades produzidas considerando-se o uso ponderado das fontes de energia.